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terça-feira, 17 de agosto de 2010

A primeira vez a gente nunca esquece ♥

E como daria pra esquecer? Desde que me tornei uma viciada em livros, comecei a sonhar em ir para uma Bienal. Confesso que eu nem sequer sabia ou imaginava o que era e o que acontecia em uma Bienal, eu só sabia que queria ir. Estranho? Não, era só a minha curiosidade. Esse ano, me dei conta que morando em São Paulo eu tenho acesso fácil a muitas coisas que eu gostaria de fazer algum dia. E então lançaram a data da Bienal de 2010...

Eu fui e a primeira vez a gente nunca esquece. E daí vem aquele monte de pergunta: Como é? Tem muita coisa? É bom? Comprou alguma coisa? Vale a pena? Respondendo a essas perguntas, creio que consigo fazer um apanhado geral da minha ida a Bienal.

Como é? Imagine você indo a uma livraria, a que você mais gosta, onde fica lá por horas e horas, só olhando pras prateleiras, comprando ou não os livros que tanto te chamam a atenção. Agora, imagine todas as livrarias e editoras que você conseguir imaginar em um só lugar. Você sai de uma e entra na outra. Vê um stand mais interessante que o outro. Resumindo a Bienal: um espaço enooooooooooooorme com editoras e livrarias, onde você encontra toda a diversidade possível de livros, desde mini-livros a livros impressos como caderno, nos mais variados temas também.

Tem muita coisa? Tem! Se você gosta de livros, é capaz de ir todos os dias da Bienal só pra ficar andando de stand em stand. Há também algumas outras 'atrações', como o salão de ideias, palestras, debates, vários espaços para as crianças, a exposição Monteiro Lobato (essa eu tive a oportunidade de conhecer, mas só algumas coisas, porque tinha duas escolas lá na hora, ou seja, cheio de crianças gritando). Porém, quando eu cheguei, as senhas pro salão de ideias e pros debates já tinham esgotado. Ir no espaço das crianças não daria muito certo, neh? rs

É bom? Sim, é. Mas eu acho que não aproveitei como poderia ter aproveitado. O problema é que eu fui pra Bienal sozinha e não há muita graça nisso. Fiquei zanzando corredor por corredor, olhando stand por stand, sem ter ninguém com quem conversar sobre esse ou aquele livro, que era novo, que parecia ser legal, que a capa tava bonita, que eu já tinha lido ou que aquela autora eu conhecia. E aí não tem muita graça. Tirando o pessoal das editoras de revista com quem conversei*, não tinha mais ninguém.

* Uma pausa pra falar sobre isso, rs. As editoras de revista fizeram uma parceria com os cartões de crédito. Então, quem tinha cartão de crédito, era só apresentar lá no stand que ganhava uma ou duas revista, depende de quem te atendia (eu ganhei até 4 revista de um carinha lá, rs). Depois que eles davam a revista, faziam você escolher uma ou duas (depende da editora) pra receber em sua casa. E daí da forma como eles falam, você logo imagina que seja de graça. Mas é exatamente isso que eles querem que você pense que seja. Empolgada, escolhe as revistas e eles começam a falar. Que a assinatura sai por 500, 600 reais, mas que com a parceria do cartão isso terá valor zero pra você. Oba! Hora de se empolgar de novo. E daí ele solta que na verdade você terá que pagar apenas um valor referente a impressão da revista, outros falam que é referente ao correio e bla bla bla. Resultado, a revista saíra por 10x de 28,00 / 6x de 16,00 / 6x de 10,00 (essa eu confesso que fiquei tentada a assinar, rs). Foram tantos perços e tantas revistas, que nem lembro mais de todas. Resultado: deve ter umas 10 pessoas da Bienal esperando que eu volte lá pra confirmar a minha assinatura ;; 

Comprou alguma coisa? Comprei 3 livros. E paguei 5 reais nos 3, rs. Não que eu seja mão de vaca, eu só não tinha dinheiro pra comprar mais. Se eu tivesse com dinheiro, teria saído cheia de sacolas, apesar de ter achado os preços dos livros bem salgados. Arriscaria dizer até que compensava mais ir lá só pra dar uma olhada na variedade de livros e depois comprá-los pela internet, pois sairia bem mais barato. Os três livros que comprei são coletânias de textos de escritores (não famosos) brasileiros publicado pela Litteris Editora em parceria com a Casa do Novo Autor Editora: Anuário de escritores 2001 (398 páginas); Escritos feitos de amor (366 páginas); E por falar em amor (768 páginas). Sim, paguei só 5 reais nos três, rs. E pelo que já andei dando uma olhada tem alguns textos ótimos, que em breve estarei colocando aqui no blog. Depois tiro uma foto deles pra colocar aqui também.

Vale a pena? Sim, demais. É incrível ter tantos livros e opções de leitura ao seu alcance. É uma verdadeira viagem cultural. Gostei de ver tantas escolas levando seus alunos até a Bienal. Fiquei encantada com a quantidade de crianças andando com livrinhos (mesmo que alguns fossem gibis) em sacolas personalizadas, muito felizes. É de um incentivo assim que algumas delas precisam pra realmente gostarem de ler. Ahh, a divulgação de um livro me chamou a atenção. É o livro Correr ou Morrer (Maze Runner - James Dashner, editora Vergara & Riba - 426 páginas). Montaram um labirinto para retratar o local em que a história do livro acontece. Logo na entrada, havia uma placa avisando que se a pessoa tinha problemas de saúde, fobias ou ataque de pânico, era melhor não se arriscar, afinal você deveria entrar, correr ou morrer. Lá dentro, você se esbarrava com uma mulher assustadora que tentava te pegar. Achei bem criativo e original. Lá fora, havia também um trailer com a sinopse do livro. Fiquei extremamente curiosa pra ler e já adicionei na minha listinha do Skoob.

Acho que era isso que eu tinha pra falar da Bienal, rs. Foi muito bom, apesar da solidão. E com certeza marcarei presença nas próximas edições, procurando aproveitar mais.

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