101 coisas em 1001 dias ♥

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Grandes e pequenas mulheres ♥

      Há mulheres de todos os gêneros. Histéricas, batalhadoras, frescas, profissionais, chatas, inteligentes, gostosas, parasitas, sensacionais. Mulheres de origens diversas, de idades várias, mulheres de posses ou de grana curta. Mulheres de tudo quanto é jeito. Mas se eu fosse homem prestaria atenção apenas num quesito: se a mulher é do tipo que puxa pra cima ou se é do tipo que empurra pra baixo.
    Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher. Meia-verdade. Ele pode ser grande estando sozinho também. Mas com uma mulher xarope ele não vai chegar a lugar algum.
    Mulher que puxa pra cima é mulher que aposta nas decisões do cara, que não fica telefonando pro escritório toda hora, que tem a profissão dela, que o apóia quando ele diz que vai pedir demissão por questões éticas e que confia que vai dar tudo certo.
     Mulher que empurra pra baixo é a que põe minhoca na cabeça dele sobre os seus colegas, a que tem acessos de carência bem na hora que ele tem que entrar numa reunião, a que não avaliza nenhuma mudança que ele propõe, a que quer manter tudo como está.
    Mulher que puxa pra cima é a que dá uns toques na hora de ele se vestir, a que não perturba com questões menores, a que incentiva o marido a procurar os amigos, a que separa matérias de revista que possam interessá-lo, a que indica livros, a que faz amor com vontade.
    Mulher que empurra pra baixo é a que reclama do salário dele, a que não acredita que ele tenha taco pra assumir uma promoção, a que acha que viajar é despesa e não investimento, a que tem ciúmes da secretária.
    Mulher que puxa pra cima é a que dá conselhos e não palpite, a que acompanha nas festas e nas roubadas, a que tem bom humor.
    Mulher que empurra pra baixo é a que debocha dos defeitos dele em rodinhas de amigos e que não acredita que ele vá mais longe do que já foi.
    Se por trás de todo grande homem existe uma grande mulher, então vale o inverso também: por trás de um pequeno homem talvez exista uma mulherzinha de nada.
 
Martha Medeiros

domingo, 19 de setembro de 2010

A vida realmente me ensinou? ♥

Estava aqui, em um dos meus inúmeros momentos de parar e enquanto olho o nada, me perguntar o que de bom tem pra fazer (infelizmente, a resposta para essa “pergunta” sempre é nada), quando me lembrei da existência do blog. Sim, o blog só existe ainda por causa do desafio de livros e o desafio de 101 coisas em 1001 dias. E exatamente por causa desse último, me dei conta que precisava postar.

O que, foi a pergunta seguinte. A resposta não demorou muito. Como tem sido ultimamente, deixaria aqui uma música ou um texto qualquer. O post seria a música Um novo adeus, do Rosa de Saron. Seria... Ao olhar o blog e reler o texto do último post, me dei conta que ele não se encaixa completamente comigo. Então, vou tentar descobrir o que exatamente a vida me ensinou dessas coisas. Diria que esse post é mais um desabafo ou um momento de insanidade de alguém que não tem nada pra fazer...

A vida me ensinou não apenas a dizer adeus as pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração, me ensinou também que quando eu as esqueço tão facilmente é porque na verdade eu nunca as amei como julguei um dia amar. Às vezes dizemos amar uma pessoa, mas nem sempre temos a certeza se esse amor é real ou não. Ainda preciso aprender como distinguir o real do imaginário...

Sorrir às pessoas que não gostam de mim pode ser uma tarefa fácil quando eu tenho raiva delas, mas não é quando essas pessoas me fazem sentir extremamente inferior ou humilhada. Quando isso ocorre, o máximo que consigo fazer é abaixar a cabeça e mentalmente me ferir com palavras que provavelmente aquele que não gosta de mim estaria me dizendo...

A vida realmente me ensinou a fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, mas não para que eu possa acreditar que tudo vai mudar. Aprendi a fazer isso porque a maior parte da minha vida eu vivi fechada em um mundo particular, onde existia apenas eu e mais ninguém. Eu só podia contar minhas coisas pra mim mesma. É por isso que aprendi a fazer de conta, porque não queria pessoas que não eram tão chegadas perguntando o que eu tinha...

Aprendi até demais a me calar para ouvir, ultimamente tenho pensado se não levei muito a sério esse aprendizado, pois não consigo mais falar, quero apenas ouvir... E assim continuo errando e tentando aprender com meus erros. Mas será que eu realmente posso ser sempre melhor? Será que eu consigo?

Não sei se luto contra as injustiças. Talvez sim, mas tenho certeza que em vários momentos apenas cruzo os braços e deixo que essas injustiças aconteçam livremente perante meus olhos. Porém, tenho a extrema facilidade de sorrir quando o que mais desejo é gritar, como faço agora, como fiz ontem, como tenho feito nos últimos dias. Sorrir, para fingir que nada acontece, afinal nada realmente acontece...

Apesar de ainda cursar o primário nessa área, acho que consegui aprender um pouco do que me foi ensinado. Aprendi a tentar ajudar aqueles que amo, a ser carinhosa quando precisam, a ouvir... Ainda não sou nota A+, mas tentarei chegar o mais perto disso algum dia...

O que parece ser mais difícil de aprender, é o que a vida acaba por nos ensinar primeiro. Deveríamos banir de nossas vidas todos aqueles que nos machucam de alguma forma, seja ela consciente ou inconsciente. Mas simplesmente não consigo. Ao contrário disso, eu lhes dedico o meu amor, os meus pensamentos, lhes dou sempre o melhor de mim, o mais belo dos sorrisos, deixando de lado tudo o que eles um dia fizeram pra me magoar. Será que isso é amar e perdoar incondicionalmente? E será que também sou perdoada e amada incondicionalmente por essas mesmas pessoas a quem dedico o meu amor e perdão?

E como a vida me ensinou a sonhar acordada... E como eu gostaria de conseguir fazer isso parar! São tantos pensamentos, tanta coisa, que em alguns momentos penso que vou enlouquecer. Em outros, simplesmente sinto vontade de chorar ou sorrir feito idiota. E não, raramente consigo acordar para a realidade. Às vezes é até mesmo difícil dizer o que é realidade e o que é apenas minha imaginação. Fantasio demais, penso demais e acabo me perdendo em meio a tudo isso. E geralmente gosto de viver naquilo que fantasio porque é sempre tão mais atraente que a minha própria realidade. Apesar de algumas vezes não gostar de pensar demais, em outras é a minha única saída. Saída para aqueles momentos dolorosos em que quero mascarar a realidade, pois ela é tão cruel e dolorosa...

Estou aprendendo ainda a aproveitar os momentos de felicidade, pois só agora estou vendo o quão escassos eles podem ser. E, sim, aprendi a apreciar coisas simples da vida, como olhar estrelas e ver um pôr do sol. Nesses momentos, podemos extrair felicidade, mesmo que em pequenas porções...

Aprendi a sentir a dor do adeus, mas será que aprendi a preservar só aquilo que me trouxe felicidade? Acho que não. Ainda tenho a terrível mania de me focar naquilo que aconteceu de pior, deixando a ferida aberta permanentemente, trazendo dor sempre que me lembro dela... 

Sempre deixei as minhas janelas abertas para o amor, abertas até demais, eu diria, e não temo o futuro, ou finjo não temer...

Me ensinou muitas coisas, Vida, mas ainda preciso aprender mais. Preciso aprender tantas coisas que temo não ter tempo para aprender todas elas antes de cometer erros que não poderei consertar depois. Temo nunca aprender a lapidar minha vida para que ela se transforme realmente num diamante ou se o fizer, fazer de maneira errada, afastando do meu presente e do meu futuro aqueles que me amam ou não deixando que outros se aproximem o suficiente para vir a me amar...
Não faço a mínima idéia se o que escrevi tem algum nexo ou coerência como um texto ou se alguém vai compreender, se reler, imagino que nem eu mesma irei compreender... apenas senti uma enorme vontade, em algum momento, em escrever essas palavras. Um texto confuso... como eu me sinto agora...

E não tem como não deixar, no final, a música que estou viciada no momento. Renato Viana cantando ela é simplesmente lindo...
Passo os dias
E olho sempre minha janela
E eu conto
Cada hora pra que Você volte aqui
Enquanto isso
Eu aceito a minha sentença
E peço a Deus
Que venha aqui e ajude a me recompor

Vem me abraçar depressa
Nesse doce reencontro
Sente aqui bem ao meu lado
E conte uma história
Que logo chega um novo adeus

Aqui dentro
Tudo está do jeito que Você deixou
O mesmo jeito
Que me ensinou a Te esperar
Mas minha vida
Corre com tanta pressa lá fora
Fotos na sala
Retratam toda a Sua ausência

domingo, 12 de setembro de 2010

A vida me ensinou ♥

A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim, para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros. Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.

Charles Chaplin

domingo, 5 de setembro de 2010

Cuida de mim ♥

Pra falar verdade, às vezes minto
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto
Pra dizer as vezes que às vezes não digo
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo
Tanto faz não satisfaz o que preciso
Além do mais, quem busca nunca é indeciso
Eu busquei quem sou;
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo.

Cuida de mim enquanto não esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.
Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo, enquanto finjo, enquanto fujo.

Basta as penas que eu mesmo sinto de mim
Junto todas, crio asas, viro querubim
Sou da cor, do tom, sabor e som que quiser ouvir
Sou calor, clarão e escuridão que te faz dormir
Quero mais, quero a paz que me prometeu
Volto atrás, se voltar atrás assim como eu.

Busquei quem sou
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo.

Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.
Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo, enquanto fujo, enquanto finjo.

Natal Mortal ♥

Dando continuidade a série mortal terminei de ler Natal Mortal essa semana e, finalmente, deixando a preguiça de lado resolvi vir aqui fazer a resenha (ou ao menos tentar escrever alguma coisa que preste sobre o livro).

O que falar de Natal? Não preciso falar do quanto eu gosto da série ou como Nora Roberts escreve bem. Já falei isso em outras resenhas da série. Então, vou direto falar o que achei do livro. Sinceramente? Natal foi o primeiro livro da série que não me empolgou muito. O caso era interessante, mas achei a solução do mesmo sem gracinha. E Eve me irritou com algumas de suas atitudes em relação a Nadine e Peabody (sim, estou me afetuando a Peabody e daí mexeu com ela, mexeu comigo, rs). 
Adorei Peabody e MacNab em Natal. Adorava sempre que eles apareciam. Estou na torcida pelo romance, rs. E senti falta de Eve entregando todos os seus presentes de natal. Espero que em Conspiração tenha ao menos uma citação sobre eles.