101 coisas em 1001 dias ♥

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domingo, 26 de dezembro de 2010

Natal ♥

E lá se foi o Natal... Na atual circunstância, tenho que agradecer por ter passado. Faz muito tempo que não tenho um Natal, natal, de se fazer uma ceia, ter a familia toda reunida, trocar presente... Esse ano eu tinha planos para o meu Natal, mas há 2 meses tudo na minha vida mudou. Meu natal, consequentemente.

Passei o natal trabalhando e, apesar de ter chegado em casa morta à noite, agradeço por isso. Não sei o que teria sentido se tivesse ficado emc asa sozinha, sem nada pra fazer, com a cabeça vazia, apenas pensando, pensando... Não foi um dia fácil. Dia de saudade, de pensar, de se arrepender, de querer fugir, de jogar tudo pro alto, de chorar, de temer... No fim, só o sono pra apagar todas as coisas da cabeça. Afinal, o dia seguinte estava aí, com mais trabalho, mais saudade, mais cansaço... 

Feliz Natal (atrasado) para todos!

 

domingo, 28 de novembro de 2010

Tudo novo... De novo ♥


Um telefonema. Bastou apenas isso para minha vida dar um giro de 360º. Um giro que ainda não me acostumei e que nesse momento está me fazendo sentir o coração doer imensamente.

Dessa vez, é tudo novo em Cruzeiro do Sul, Acre, do outro lado do Brasil, se considerarmos onde estava morando. Me ligaram sexta feira para saber se eu ainda estava interessada em trabalhar no laboratório que havia feito uma entrevista em abril. Pega de surpresa pela ligação, a minha resposta foi sim. Então, me avisaram que dentro de alguns minutos a Dra. com quem eu havia conversado em Abril iria me ligar. Assim que desliguei o telefone, meu coração parecia querer saltar pela boca. Liguei pra minha irmã e pra minha mãe. Precisava falar imediatamente com alguém. O nervosismo só aumentava a cada segundo. Parei para pensar na possibilidade de ir embora, mas a única resposta que recebi do meu coração foi um sonoro não. Mais tarde recebi a ligação e me passaram todas as informações. Eu teria 2 dias para dar a resposta.

Foi um final de semana horrível. Não consegui dormir, só fazia chorar. Eu não tinha a mínima idéia do que fazer. A oportunidade de trabalho era única. Profissionalmente, era tudo que eu precisava. Mas meu coração se recusava a me deixar pensar racionalmente, me mostrando as pessoas que eu gostava e estavam ao meu redor e das quais eu teria que abrir mão do convívio. Como escolher entre aqueles que se gosta e aquilo que você precisa para se realizar profissionalmente e até mesmo no lado pessoal?

Em menos de uma semana, estava com tudo pronto e embarcando para uma nova cidade, mas sem nenhuma certeza do que estava fazendo. Estava tão fora de mim que nem sequer me preocupei com o nervosismo que sempre sentia ao me imaginar viajando de avião. Os três primeiros dias foram assustadores. Não conseguia nem mesmo desfazer as malas e quando fiz isso, a única coisa que consegui fazer foi chorar.

Os dias foram passando e me enfiei de cabeça no trabalho. As 3 semanas que estou aqui foram tão corridas, e agradeço por isso, que raramente eu tinha tempo à toa pra parar e pensar. Cheguei a dormir menos de 4 horas por noite, ia pro trabalho morrendo de cansaço, quis enfiar o travesseiro na cabeça e continuar dormindo, mas ainda assim foram uns dos melhores dias. Só não foram melhores porque eu sinto um vazio muito grande no coração, mas as vezes é preciso fazer sacrifícios, não é mesmo?

Espero que esses sacrifícios não sejam em vão e que eu consiga me realizar na minha vida profissional e que dê tudo certo nessa nova etapa que se inicia em minha vida.


E agora sim eu posso dizer: Estou cansada de tanto trabalhar, mas feliz por isso. =)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Metamorfose ♥


     Presidentes da República, mais cedo ou mais tarde, amanhecem um belo dia como ex-presidentes. Em geral é um choque. Para os que entendem, de verdade, que numa democracia não dá para ninguém ser presidente pelo resto da vida, o impacto é recebido com mais naturalidade e pode ser administrado de forma mais racional. Para os que se julgam superiores a todos os que vieram antes deles ou que possam vir depois, e só se levantam da cadeira porque a lei os obriga, a hora da saída é um terremoto interior. Na cerimônia de transmissão do cargo talvez façam esforços para demonstrar ao público que aceitam de boa graça o fim do seu período na Presidência, sobretudo se conseguem eleger seu sucessor. Mas, secretamente, acham que a regra do tempo fixo para os mandatos só é aceitável em relação aos outros; não se conformam que seja aplicada também a eles, pois não aceitam a idéia de que exista qualquer outra ocupação à sua altura.

     No próximo domingo, com a definição de quem ficará em seu lugar a partir de 1º de janeiro de 2011, começa para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a contagem regressiva que o levará, dentro de dois meses, às realidades da ex-Presidência. O presidente, por tudo o que tem dito e feito nesta reta final da campanha, dá a impressão de estar gostando cada vez menos da perspectiva de voltar para casa. Já avisou que não vai “passar o bastão” da Presidência ao sucessor, porque “o bastão é do povo”; não explicou como, na prática, o povo iria utilizar o bastão que pretende lhe deixar, mas a conversa é de quem não quer largar o osso. Deu para se comparar, de novo, a Jesus Cristo, e garante que as derrotas dos seus adversários são “vingança de Deus” contra quem se opõe a ele. Cada vez mais, em seus discursos, diz que não vai “admitir”, não vai “aceitar”, não vai “deixar” que aconteça isso ou aquilo, como se o futuro do país estivesse sujeito à sua aprovação pessoal. O que fica, desta conversa toda, é a sensação de que Lula, no fundo, acha uma tremenda injustiça a necessidade de deixar a Presidência.É como se perguntasse: para que serve, então, ter 80% de popularidade, em vez de 30%, por exemplo, ou até de 1%, se você tem de ir embora do mesmo jeito?

      O fato é que o presidente da República tem no momento duas possibilidades à sua frente, e nenhuma é animadora. Uma vitória do candidato da oposição José Serra, no turno decisivo das eleições seria tão ruim, do seu ponto de vista, que nem o próprio Lula, provavelmente, é capaz de imaginar as reações que poderia ter diante de uma calamidade dessas. Uma vitória da candidata oficial, Dilma Rousseff, seria melhor, é claro, até porque ela sempre deverá ao presidente 100% dos votos que recebeu no primeiro turno e vai receber no segundo. É melhor, mas não resolve. Na verdade, ninguém resolve a vida de quem quer ficar mas precisa sair – e, se acaso alguém pudesse resolver, esse alguém certamente não seria o sucessor. No curto caminho que os presidentes fazem entre a porta do seu gabinete e a porta de saída do Palácio do Planalto, no dia em que passam a faixa, muito se perde e tudo se transforma; ao colocarem o pé na rua, no primeiro instante de sua nova vida como ex-presidentes, o mundo já é outro. A mudança mais notável é a rapidez com que vão deixando de ser prioritários os esforços que as pessoas fazem para estar perto deles. Certas coisas, talvez a maioria, perdem subitamente a importância – índices de popularidade, por exemplo, servem para bem pouco depois que se deixa a Presidência. Por mais que lhes devam o cargo, os sucessores logo começam a descobrir seus próprios méritos; o que jamais faltará é gente à sua volta dizendo exatamente isso. Elogios ao ex vão se tornando mais raros; a uma certa altura, passam a ser expressamente não recomendáveis. O sucessor não demora a se acostumar com a força de sua caneta. Habitua-se rapidamente, também, a pensar primeiro em si; dificilmente passará os próximos quatro anos tendo como prioridade o bem-estar e o futuro do seu antecessor.
 
     Uma das mais célebres transformações registradas na literatura mundial está no conto A Metamorfose, de Kafka; ali, como se sabe, o caixeiro-viajante Gregor Samsa, bom moço e herói da própria família, acorda um dia transformado num gigantesco inseto. A partir daí, o que realmente causa angústia não é a metamorfose de Samsa; perturbador, mesmo, é a mudança gradual e impiedosa nas pessoas que estão a sua volta. É para lidar com isso que presidentes da República a caminho da saída deveriam se preparar.

J. R. Guzzo
Artigo extraído da revista Veja - Edição 2188 - Ano 43 - nº 43
 
    
 
      *Resolvi colocar esse artigo aqui, porque foi uma das melhores opiniões que já li em relação ao presidente Lula e a atual eleição. Sendo assim, não preciso nem dizer que concordo plenamente com o que foi dito.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Para o mundo que eu quero subir ♥

    
     Quem nunca ouviu a frase: Para o mundo que eu quero descer? Eu já ouvi várias vezes e geralmente as pessoas a usam quando estão com suas vidas num ritmo muito acelerado de trabalho ou muito cansadas, estressadas. Hoje, também quero pedir ao mundo para parar, porque eu quero (e preciso) subir! Não quero mais ficar vendo o mundo onde as outras pessoas vão passando, girando, enquanto eu simplesmente olho, sem conseguir subir. Eu quero subir, eu quero girar, eu quero correr, eu quero simplesmente me sentir em sintonia com as outras pessoas.

     O mundo já ficou tempo parado demais pra mim. Já curti a vida de preguiça por tempo suficiente. É estranho hoje ouvir as pessoas falarem que gostariam de ficar dias sem fazer nada, só curtindo preguiça. Eu gostaria de trocar com elas, curtir um dia de correria, de trabalho, até mesmo de problemas e dor de cabeça, só para me sentir útil por um tempo, para saber o que é trabalhar e o que é sensação de querer um dia de preguiça porque se trabalhou demais, porque se está cansado de tantos problemas. Não quero mais ter dias de preguiça porque é apenas isso que me resta fazer.

     Ficar parado é muito ruim. O desanimo vai tomando conta da gente de uma tal forma que quando se dá conta, você não consegue se livrar dele. Você não faz nada o dia todo, gostaria de fazer, mas só de pensar em algo, já sente preguiça. Você é dominado por essa preguiça. Não consegue se livrar dela. Vocês viram parceiras. Quando chega a noite, olha-se pra trás e se pergunta o que você fez durante o seu dia. A resposta é sempre a mesma, já se acostumou com ela, mas não consegue se desfazer do gosto amargo que ela sempre deixa em sua boca ou na pontinha de desapontamento que surge. Pensar e lembrar que não fez nada (útil) o dia todo é... Não sei nem se consigo colocar isso em palavras. No fim do dia, me sinto cansada, não fisicamente, mas mentalmente.
     Todo esse meu desanimo afetou também a minha vontade de ler. Sim, até mesmo esse vício eu deixei de lado. Não consigo me concentrar pra ler. Não consigo achar uma história que me prenda. E olha que livros eu tenho, mas não dá vontade de ler nenhum deles. Dá vontade de ler aqueles que eu não tenho, mas será que se eu os tivesse, eu realmente iria querer ler? Acho difícil.

     Ahh, não posso só reclamar da vida. Também tem acontecido coisas boas. Terminei meu artigo de pós graduação, sábado eu já serei uma Biomédica Especialista em Hematologia, encontrei cursos na área de pericia criminal aqui em São Paulo pra eu fazer ano que vem, conheci uma pessoa legal (:D), estou criando outro tipo de vínculo muito especial com a minha irmã... entre outras coisas, rs.

     Enfim, deixando de reclamar e pensando no futuro, com o fim da pós graduação, espero que eu consiga um emprego (se não for pedir mundo, que seja na minha área) e que as coisas mudem um pouquinho, ao menos ao ponto que eu me sinta bem comigo mesma. E que tudo que está acontecendo de bom na minha vida, continue dando certo, porque são coisas importantes pra mim.

Os homens que não amavam as mulheres ♥

     A primeira vez que "ouvi" falar desse livro foi em uma comunidade do orkut. Creio que na época o livro tinha acabado de ser lançado no Brasil, pois várias pessoas comentavam que queriam ou que tinham lido. Diante de tantos comentários fiquei curiosa pra ler também, porém, como eu já imaginava isso ia demorar muito, rs. Foi só depois de algum tempo que descobri que esse tal livro que tanto falavam era o primeiro volume de uma trilogia, a Trilogia Millenium.

     Depois disso, li uma reportagem na revista Veja, onde falavam da série e sobre o livro que seria lançado sobre a mesma. A minha curiosidade em ler só aumentou, pois a crítica da revista foi consideravelmente boa (levando em consideração as críticas de filmes que fazem na Veja São Paulo... filme nenhum é bom o bastante pra eles). Pensei em ler pelo pc, mas esse é um dos livros que, apesar de querer muito ler, prefiro esperar e ler o livro. Surgiu a oportunidade de eu comprá-lo recentemente em uma promoção da Saraiva (eu acho, ou submarino, não lembro, rs), mas, porém, contudo, entretanto, todavia existia um problema: a capa do livro. Sim! Eu queria o livro da capa bonita, que era mais caro, não a capa feia da edição econômica. Sei que o contéudo é o mesmo e bla bla bla, mas ainda assim eu queria a capa bonita.

     No fim, entre ter a capa bonita e não ter nenhum, decidi ficar com a capa feia e comprei os dois primeiros livros da série. E depois dessa longa história, vamos, enfim, falar do livro.

     O que falar sobre ele? Acho que é por isso que fiquei nesse bla bla bla, porque na realidade não sei o que escrever sobre Os homens que não amavam as mulheres. É sério! Se alguém me perguntar hoje se a série é boa vou ter que responder que não sei. E daí devem se perguntar, "como assim não sabe? Vc lê o livro e não sabe se ele é bom?" Exatamante! Não sei como definir o que sinto ou senti lendo esse livro. Em alguns momentos penso em colocá-lo como um livro bom e em outras como mais ou menos. Vamos ao porque...

     O livro começa estranho. Começam falando de um senhor que recebe uma flor todos os anos, mas não sabe quem é o remetente. E esse fato o deixa irritado, intrigado e eu diria amedrontado. Depois desse senhor comunicar a outro senhor o recebimento dessa flor, o autor fala horas e horas (literalmente) sobre a tal flor, de onde veio, como chama e bla bla bla. Acaba o prólogo e ninguém entende nada. Mas tudo bem, a gente nunca entende nada do que escrevem no prólogo até ler o livro, não é mesmo?

     No primeiro capítulo somos aprensentados a Mikael Blomkvist e uma longa história sobre a vida dele se segue. Lá pela página 80, quando Henrik (o velho que recebeu a flor no prólogo) aparece, as coisas começam a fazer um pouco de sentido. Mas devo confessar que um sentido confuso. Henrik quer descobrir o que aconteceu com sua sobrinha que desapareceu há mais de 40 anos e pede a ajuda de Mikael para isso. Este, que está com sua carreira jornalistica arruinada, aceita ajudá-lo após saber que em um ano poderá dar a volta por cima em sua carreira com informações dadas por Henrik.

     Mikael começa então a saber como tudo aconteceu no dia em que Harriet desapareceu. E daí a história volta a ficar confusa e um pouco cansativa. A família de Henrik é enorme e eu acabava me perdendo em meio a tanta gente, tanta descrição do autor sobre a vida de cada membro da família. Às vezes eu precisava retornar algumas páginas pra conseguir me lembrar quem era mãe de quem, quem era primo de quem, quem era quem. E esse fato do autor sempre ter algo a contar sobre alguém ou algo, deixava as coisas cansativas.

     Mas continuei lendo, principalmente porque queria saber o que realmente tinha acontecido com Harriet. E esse é um fato do livro que não dá pra não ficar curioso. A forma como o autor montou o desaparecimento dela é íncrivel, você fica fazendo várias perguntas a si mesma sobre o que pode ter acontecido.

     Lisbeth. Ela é o outro motivo que me fez querer continuar lendo, quer dizer, ao menos quando ela e Mikael se encontram, que é quando o livro finalmente engata a marcha e fica melhor. Porém, é justamente com Lisbeth que acontece as cenas mais pesadas da história. Confesso que fiquei um pouco assustada e boqueiaberta com a forma como o autor escreveu e fez as coisas acontecerem com essa personagem. Mas, enfim...

     Então, respondendo porque não sei o que achar sobre o livro... Se me basear na história do desaparecimento de Harriet, vou dizer que gostei. Se me basear na enrolação e quantidade de personagens do autor, vou dizer que achei confuso e cansativo. Se me basear nas coisas que aconteceram com Lisbeth, nas relações entre alguns personagens, vou dizer que é encandaloso e um romance frio, sem graça. Me dei conta que achei mais coisas que não gostei do que coisas que gostei, rs. Mas pensando no todo, eu diria que vale a pena ler a história só pelo mistério que há nela.

     E quanto a continuação da série, eu pretendo ler, sim. Comecei, inclusive, mas não consegui passar da página 30, não por culpa do livro, mas por culpa minha mesmo... Só que esse é um assunto para o próximo post do blog.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

I´m back ♥

      Depois de ficar uma semana sem computador, I´m back! O que eu fiz nessa última semana? Nada, literalmente. Mas vamos ao resumo da minha dramática semana...
       O drama teve início na quarta-feira quando tentei ligar meu pc e ele simplesmente não quis ligar. Quer dizer, ligava, mas não carregava todas as configurações, aparecendo só a minha foto de tela de fundo (que diga-se de passagem é muito linda, euzinha na minha formatura). Primeira atitude? Raiva! Tentei mil vezes ligar e era sempre a mesma coisa. Segunda atitude? Desespero! Foi só lembrar que o arquivo do meu artigo científico da pós-graduação estava no pc e que eu não o tinha salvo em mais nenhum outro lugar para o desespero tomar conta da minha pessoa. Apesar de alguém ter me dito que eu provavelmente não iria perdê-lo (e eu confiar nos conhecimentos desse alguém), não consegui pensar em outra coisa a não ser no desastre que seria se eu perdesse meu arquivo.
       Só consegui que o homem viesse olhar o pc na quinta-feira à noite. Até lá, muita dor de cabeça e ansiedade pela espera. Para a minha enorme felicidade, ele conseguiu ligar o pc depois de apertar um monte de coisa no teclado e salvou meu artigo, antes de qualquer coisa. Enfim, deixou o pc ligado para que eu salvasse tudo que eu precisasse, pois no dia seguinte ele buscaria meu baby, porque ele estava com virose e precisava ir pro hospital. E lá se foi...
        Sábado... Domingo... Segunda... Terça... Quarta... Os dias passaram e nenhuma notícia do meu baby. E pra piorar a situação, além do feriado, é claro, meu telefone não estava funcionando, assim não tinha como eu tentar falar com o homem. Em todos esses dias a única coisa que me restou fazer foi ver TV e dormir, e não esquecendo de outro drama, passar mal. Vi novela que eu nunca tinha visto, vi programas que eu nem sabia que existiam... Vi filme, vi seriado e ouvi música. Tentei ler, mas não tive muito sucesso. Consegui terminar Os homens que não amavam as mulheres (depois coloco a resenha aqui), mas só. E quando cansava, dormia. Tentei ir ao cinema ver Tropa de Elite 2, mas não tinha mais sessões e tinha tanta gente na fila que desisti até mesmo de ver outro filme (quero ver Tropa de Elite, poxa!) Ahh, sem contar que nesses dias tive ainda mais tempo à toa pra pensar... Pensamentos bons, pensamentos ruins, pensamentos maravilhosos, pensamentos dolorosos, pensamentos novos, pensamentos antigos... pensamentos que mais pareciam uma montanha russa... ora estavam e me deixavam no alto, ora estavam e me deixavam lá embaixo...
        Para a minha enorme felicidade, me ligaram hoje para ir pegar meu baby. Dei até um beijinho de boas vindas. Enfim, com ele funcionando novamente já consegui terminar meu artigo e agora tenho que organizar todos os arquivos que tirei dele para formatar. Viso que terei um enorme trabalho pela frente. Mas vai valer a pena só por estar de volta...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Grandes e pequenas mulheres ♥

      Há mulheres de todos os gêneros. Histéricas, batalhadoras, frescas, profissionais, chatas, inteligentes, gostosas, parasitas, sensacionais. Mulheres de origens diversas, de idades várias, mulheres de posses ou de grana curta. Mulheres de tudo quanto é jeito. Mas se eu fosse homem prestaria atenção apenas num quesito: se a mulher é do tipo que puxa pra cima ou se é do tipo que empurra pra baixo.
    Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher. Meia-verdade. Ele pode ser grande estando sozinho também. Mas com uma mulher xarope ele não vai chegar a lugar algum.
    Mulher que puxa pra cima é mulher que aposta nas decisões do cara, que não fica telefonando pro escritório toda hora, que tem a profissão dela, que o apóia quando ele diz que vai pedir demissão por questões éticas e que confia que vai dar tudo certo.
     Mulher que empurra pra baixo é a que põe minhoca na cabeça dele sobre os seus colegas, a que tem acessos de carência bem na hora que ele tem que entrar numa reunião, a que não avaliza nenhuma mudança que ele propõe, a que quer manter tudo como está.
    Mulher que puxa pra cima é a que dá uns toques na hora de ele se vestir, a que não perturba com questões menores, a que incentiva o marido a procurar os amigos, a que separa matérias de revista que possam interessá-lo, a que indica livros, a que faz amor com vontade.
    Mulher que empurra pra baixo é a que reclama do salário dele, a que não acredita que ele tenha taco pra assumir uma promoção, a que acha que viajar é despesa e não investimento, a que tem ciúmes da secretária.
    Mulher que puxa pra cima é a que dá conselhos e não palpite, a que acompanha nas festas e nas roubadas, a que tem bom humor.
    Mulher que empurra pra baixo é a que debocha dos defeitos dele em rodinhas de amigos e que não acredita que ele vá mais longe do que já foi.
    Se por trás de todo grande homem existe uma grande mulher, então vale o inverso também: por trás de um pequeno homem talvez exista uma mulherzinha de nada.
 
Martha Medeiros

domingo, 19 de setembro de 2010

A vida realmente me ensinou? ♥

Estava aqui, em um dos meus inúmeros momentos de parar e enquanto olho o nada, me perguntar o que de bom tem pra fazer (infelizmente, a resposta para essa “pergunta” sempre é nada), quando me lembrei da existência do blog. Sim, o blog só existe ainda por causa do desafio de livros e o desafio de 101 coisas em 1001 dias. E exatamente por causa desse último, me dei conta que precisava postar.

O que, foi a pergunta seguinte. A resposta não demorou muito. Como tem sido ultimamente, deixaria aqui uma música ou um texto qualquer. O post seria a música Um novo adeus, do Rosa de Saron. Seria... Ao olhar o blog e reler o texto do último post, me dei conta que ele não se encaixa completamente comigo. Então, vou tentar descobrir o que exatamente a vida me ensinou dessas coisas. Diria que esse post é mais um desabafo ou um momento de insanidade de alguém que não tem nada pra fazer...

A vida me ensinou não apenas a dizer adeus as pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração, me ensinou também que quando eu as esqueço tão facilmente é porque na verdade eu nunca as amei como julguei um dia amar. Às vezes dizemos amar uma pessoa, mas nem sempre temos a certeza se esse amor é real ou não. Ainda preciso aprender como distinguir o real do imaginário...

Sorrir às pessoas que não gostam de mim pode ser uma tarefa fácil quando eu tenho raiva delas, mas não é quando essas pessoas me fazem sentir extremamente inferior ou humilhada. Quando isso ocorre, o máximo que consigo fazer é abaixar a cabeça e mentalmente me ferir com palavras que provavelmente aquele que não gosta de mim estaria me dizendo...

A vida realmente me ensinou a fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, mas não para que eu possa acreditar que tudo vai mudar. Aprendi a fazer isso porque a maior parte da minha vida eu vivi fechada em um mundo particular, onde existia apenas eu e mais ninguém. Eu só podia contar minhas coisas pra mim mesma. É por isso que aprendi a fazer de conta, porque não queria pessoas que não eram tão chegadas perguntando o que eu tinha...

Aprendi até demais a me calar para ouvir, ultimamente tenho pensado se não levei muito a sério esse aprendizado, pois não consigo mais falar, quero apenas ouvir... E assim continuo errando e tentando aprender com meus erros. Mas será que eu realmente posso ser sempre melhor? Será que eu consigo?

Não sei se luto contra as injustiças. Talvez sim, mas tenho certeza que em vários momentos apenas cruzo os braços e deixo que essas injustiças aconteçam livremente perante meus olhos. Porém, tenho a extrema facilidade de sorrir quando o que mais desejo é gritar, como faço agora, como fiz ontem, como tenho feito nos últimos dias. Sorrir, para fingir que nada acontece, afinal nada realmente acontece...

Apesar de ainda cursar o primário nessa área, acho que consegui aprender um pouco do que me foi ensinado. Aprendi a tentar ajudar aqueles que amo, a ser carinhosa quando precisam, a ouvir... Ainda não sou nota A+, mas tentarei chegar o mais perto disso algum dia...

O que parece ser mais difícil de aprender, é o que a vida acaba por nos ensinar primeiro. Deveríamos banir de nossas vidas todos aqueles que nos machucam de alguma forma, seja ela consciente ou inconsciente. Mas simplesmente não consigo. Ao contrário disso, eu lhes dedico o meu amor, os meus pensamentos, lhes dou sempre o melhor de mim, o mais belo dos sorrisos, deixando de lado tudo o que eles um dia fizeram pra me magoar. Será que isso é amar e perdoar incondicionalmente? E será que também sou perdoada e amada incondicionalmente por essas mesmas pessoas a quem dedico o meu amor e perdão?

E como a vida me ensinou a sonhar acordada... E como eu gostaria de conseguir fazer isso parar! São tantos pensamentos, tanta coisa, que em alguns momentos penso que vou enlouquecer. Em outros, simplesmente sinto vontade de chorar ou sorrir feito idiota. E não, raramente consigo acordar para a realidade. Às vezes é até mesmo difícil dizer o que é realidade e o que é apenas minha imaginação. Fantasio demais, penso demais e acabo me perdendo em meio a tudo isso. E geralmente gosto de viver naquilo que fantasio porque é sempre tão mais atraente que a minha própria realidade. Apesar de algumas vezes não gostar de pensar demais, em outras é a minha única saída. Saída para aqueles momentos dolorosos em que quero mascarar a realidade, pois ela é tão cruel e dolorosa...

Estou aprendendo ainda a aproveitar os momentos de felicidade, pois só agora estou vendo o quão escassos eles podem ser. E, sim, aprendi a apreciar coisas simples da vida, como olhar estrelas e ver um pôr do sol. Nesses momentos, podemos extrair felicidade, mesmo que em pequenas porções...

Aprendi a sentir a dor do adeus, mas será que aprendi a preservar só aquilo que me trouxe felicidade? Acho que não. Ainda tenho a terrível mania de me focar naquilo que aconteceu de pior, deixando a ferida aberta permanentemente, trazendo dor sempre que me lembro dela... 

Sempre deixei as minhas janelas abertas para o amor, abertas até demais, eu diria, e não temo o futuro, ou finjo não temer...

Me ensinou muitas coisas, Vida, mas ainda preciso aprender mais. Preciso aprender tantas coisas que temo não ter tempo para aprender todas elas antes de cometer erros que não poderei consertar depois. Temo nunca aprender a lapidar minha vida para que ela se transforme realmente num diamante ou se o fizer, fazer de maneira errada, afastando do meu presente e do meu futuro aqueles que me amam ou não deixando que outros se aproximem o suficiente para vir a me amar...
Não faço a mínima idéia se o que escrevi tem algum nexo ou coerência como um texto ou se alguém vai compreender, se reler, imagino que nem eu mesma irei compreender... apenas senti uma enorme vontade, em algum momento, em escrever essas palavras. Um texto confuso... como eu me sinto agora...

E não tem como não deixar, no final, a música que estou viciada no momento. Renato Viana cantando ela é simplesmente lindo...
Passo os dias
E olho sempre minha janela
E eu conto
Cada hora pra que Você volte aqui
Enquanto isso
Eu aceito a minha sentença
E peço a Deus
Que venha aqui e ajude a me recompor

Vem me abraçar depressa
Nesse doce reencontro
Sente aqui bem ao meu lado
E conte uma história
Que logo chega um novo adeus

Aqui dentro
Tudo está do jeito que Você deixou
O mesmo jeito
Que me ensinou a Te esperar
Mas minha vida
Corre com tanta pressa lá fora
Fotos na sala
Retratam toda a Sua ausência

domingo, 12 de setembro de 2010

A vida me ensinou ♥

A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim, para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros. Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.

Charles Chaplin

domingo, 5 de setembro de 2010

Cuida de mim ♥

Pra falar verdade, às vezes minto
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto
Pra dizer as vezes que às vezes não digo
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo
Tanto faz não satisfaz o que preciso
Além do mais, quem busca nunca é indeciso
Eu busquei quem sou;
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo.

Cuida de mim enquanto não esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.
Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo, enquanto finjo, enquanto fujo.

Basta as penas que eu mesmo sinto de mim
Junto todas, crio asas, viro querubim
Sou da cor, do tom, sabor e som que quiser ouvir
Sou calor, clarão e escuridão que te faz dormir
Quero mais, quero a paz que me prometeu
Volto atrás, se voltar atrás assim como eu.

Busquei quem sou
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo.

Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.
Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo, enquanto fujo, enquanto finjo.

Natal Mortal ♥

Dando continuidade a série mortal terminei de ler Natal Mortal essa semana e, finalmente, deixando a preguiça de lado resolvi vir aqui fazer a resenha (ou ao menos tentar escrever alguma coisa que preste sobre o livro).

O que falar de Natal? Não preciso falar do quanto eu gosto da série ou como Nora Roberts escreve bem. Já falei isso em outras resenhas da série. Então, vou direto falar o que achei do livro. Sinceramente? Natal foi o primeiro livro da série que não me empolgou muito. O caso era interessante, mas achei a solução do mesmo sem gracinha. E Eve me irritou com algumas de suas atitudes em relação a Nadine e Peabody (sim, estou me afetuando a Peabody e daí mexeu com ela, mexeu comigo, rs). 
Adorei Peabody e MacNab em Natal. Adorava sempre que eles apareciam. Estou na torcida pelo romance, rs. E senti falta de Eve entregando todos os seus presentes de natal. Espero que em Conspiração tenha ao menos uma citação sobre eles.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Crônica do amor ♥

    Mesmo que o tempo passe, que soprem os ventos e diminuam o som das canções, jamais deixaremos de viver e ouvir falar sobre o amor. Sentimento antigo que continua moderno. Contemporâneo, precisa apenas de um olhar para instalar sua magia.
    O amor é o doce álibi dos apaixonados, o motivo maior da vida e do sonho. Por amor nascemos para a vida, para o amanhecer e para admirarmos o crepúsculo. Com ele, nem somos mortais. Sentimo-nos como deuses apossados do mundo, mesmo que por alguns momentos mágicos, tão nossos.
    Se apaixonados, ele é nossa motivação, se abandonados, o nosso maior desejo. Por amor, feliz ou infelizmente sobrevivemos. Na falta dele, resumidos a uma dolorosa combinação de saudade e desejo, sucumbimos.
    É presente de Deus para nós e está nas trocas de olhares dos apaixonados, na liberdade poética dos artistas, no destino dos sensíveis e na promessa dos amantes.
    Nasceu explicado. Intrigante. Está no invisível. Pode ser sentido com o coração e com a alma, vivido num abraço, numa declaração ou demonstrado num longo e eterno beijo.
    O amor modifica, cria, intriga, atrai e brinca conosco. Entra no compasso da nossa vida, impulsionando-nos ao que parece impossível. E como bobos, viramos dois num só. Se preciso, por causa dele, somos fortes na separação e esperançosos na promessa do reencontro.
    O amor não avisa ninguém da sua chegada, mas, quando chega, pretencioso, dá-nos a certeza de que estávamos a sua espera. Não temos como, nem queremos evitá-lo. Diante dele somos gigantes indefesos.
    E assim vamos seguindo. Sorrindo, chorando e cantando o amor. Quem já o tem, entregue aos seus mistérios, quem ainda não o encontrou, na expectativa da sua chegada e da entrega total a doce plenitude deste sentimento maravilhoso e imortal que chamamos de Amor.

Maria Regina Caetano Soares
Antologia Literária - E por falar em AMOR

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A primeira vez a gente nunca esquece ♥

E como daria pra esquecer? Desde que me tornei uma viciada em livros, comecei a sonhar em ir para uma Bienal. Confesso que eu nem sequer sabia ou imaginava o que era e o que acontecia em uma Bienal, eu só sabia que queria ir. Estranho? Não, era só a minha curiosidade. Esse ano, me dei conta que morando em São Paulo eu tenho acesso fácil a muitas coisas que eu gostaria de fazer algum dia. E então lançaram a data da Bienal de 2010...

Eu fui e a primeira vez a gente nunca esquece. E daí vem aquele monte de pergunta: Como é? Tem muita coisa? É bom? Comprou alguma coisa? Vale a pena? Respondendo a essas perguntas, creio que consigo fazer um apanhado geral da minha ida a Bienal.

Como é? Imagine você indo a uma livraria, a que você mais gosta, onde fica lá por horas e horas, só olhando pras prateleiras, comprando ou não os livros que tanto te chamam a atenção. Agora, imagine todas as livrarias e editoras que você conseguir imaginar em um só lugar. Você sai de uma e entra na outra. Vê um stand mais interessante que o outro. Resumindo a Bienal: um espaço enooooooooooooorme com editoras e livrarias, onde você encontra toda a diversidade possível de livros, desde mini-livros a livros impressos como caderno, nos mais variados temas também.

Tem muita coisa? Tem! Se você gosta de livros, é capaz de ir todos os dias da Bienal só pra ficar andando de stand em stand. Há também algumas outras 'atrações', como o salão de ideias, palestras, debates, vários espaços para as crianças, a exposição Monteiro Lobato (essa eu tive a oportunidade de conhecer, mas só algumas coisas, porque tinha duas escolas lá na hora, ou seja, cheio de crianças gritando). Porém, quando eu cheguei, as senhas pro salão de ideias e pros debates já tinham esgotado. Ir no espaço das crianças não daria muito certo, neh? rs

É bom? Sim, é. Mas eu acho que não aproveitei como poderia ter aproveitado. O problema é que eu fui pra Bienal sozinha e não há muita graça nisso. Fiquei zanzando corredor por corredor, olhando stand por stand, sem ter ninguém com quem conversar sobre esse ou aquele livro, que era novo, que parecia ser legal, que a capa tava bonita, que eu já tinha lido ou que aquela autora eu conhecia. E aí não tem muita graça. Tirando o pessoal das editoras de revista com quem conversei*, não tinha mais ninguém.

* Uma pausa pra falar sobre isso, rs. As editoras de revista fizeram uma parceria com os cartões de crédito. Então, quem tinha cartão de crédito, era só apresentar lá no stand que ganhava uma ou duas revista, depende de quem te atendia (eu ganhei até 4 revista de um carinha lá, rs). Depois que eles davam a revista, faziam você escolher uma ou duas (depende da editora) pra receber em sua casa. E daí da forma como eles falam, você logo imagina que seja de graça. Mas é exatamente isso que eles querem que você pense que seja. Empolgada, escolhe as revistas e eles começam a falar. Que a assinatura sai por 500, 600 reais, mas que com a parceria do cartão isso terá valor zero pra você. Oba! Hora de se empolgar de novo. E daí ele solta que na verdade você terá que pagar apenas um valor referente a impressão da revista, outros falam que é referente ao correio e bla bla bla. Resultado, a revista saíra por 10x de 28,00 / 6x de 16,00 / 6x de 10,00 (essa eu confesso que fiquei tentada a assinar, rs). Foram tantos perços e tantas revistas, que nem lembro mais de todas. Resultado: deve ter umas 10 pessoas da Bienal esperando que eu volte lá pra confirmar a minha assinatura ;; 

Comprou alguma coisa? Comprei 3 livros. E paguei 5 reais nos 3, rs. Não que eu seja mão de vaca, eu só não tinha dinheiro pra comprar mais. Se eu tivesse com dinheiro, teria saído cheia de sacolas, apesar de ter achado os preços dos livros bem salgados. Arriscaria dizer até que compensava mais ir lá só pra dar uma olhada na variedade de livros e depois comprá-los pela internet, pois sairia bem mais barato. Os três livros que comprei são coletânias de textos de escritores (não famosos) brasileiros publicado pela Litteris Editora em parceria com a Casa do Novo Autor Editora: Anuário de escritores 2001 (398 páginas); Escritos feitos de amor (366 páginas); E por falar em amor (768 páginas). Sim, paguei só 5 reais nos três, rs. E pelo que já andei dando uma olhada tem alguns textos ótimos, que em breve estarei colocando aqui no blog. Depois tiro uma foto deles pra colocar aqui também.

Vale a pena? Sim, demais. É incrível ter tantos livros e opções de leitura ao seu alcance. É uma verdadeira viagem cultural. Gostei de ver tantas escolas levando seus alunos até a Bienal. Fiquei encantada com a quantidade de crianças andando com livrinhos (mesmo que alguns fossem gibis) em sacolas personalizadas, muito felizes. É de um incentivo assim que algumas delas precisam pra realmente gostarem de ler. Ahh, a divulgação de um livro me chamou a atenção. É o livro Correr ou Morrer (Maze Runner - James Dashner, editora Vergara & Riba - 426 páginas). Montaram um labirinto para retratar o local em que a história do livro acontece. Logo na entrada, havia uma placa avisando que se a pessoa tinha problemas de saúde, fobias ou ataque de pânico, era melhor não se arriscar, afinal você deveria entrar, correr ou morrer. Lá dentro, você se esbarrava com uma mulher assustadora que tentava te pegar. Achei bem criativo e original. Lá fora, havia também um trailer com a sinopse do livro. Fiquei extremamente curiosa pra ler e já adicionei na minha listinha do Skoob.

Acho que era isso que eu tinha pra falar da Bienal, rs. Foi muito bom, apesar da solidão. E com certeza marcarei presença nas próximas edições, procurando aproveitar mais.

Vingança Mortal ♥

Demorei, mas finalmente criei vergonha e vim fazer a resenha do último livro que eu li. Série Mortal... Será que eu preciso falar se gostei? Acho que não, neh? Afinal, série mortal é série mortal e não tem como não gostar da história de Eve e Roarke.
Aliás, eu gostei muito de Vingança. Foi um livro que nos deu a chance de conhecer um pouco mais do passado sombrio de Roarke e também fez Eve ficar dividida entre o seu marido e a justiça. Em Vingança, Eve prova a Roarke o quanto ela o ama. O que mais gostei em Vingança? As brigas do casal, rs. Sim, eu gostei de ler eles brigando. Acho até que eles deveriam fazer isso mais vezes, porém, sem terminar sempre na cama. Uma discussão mais séria, uns dias sem se falar, não seria nada mal (sim, eu acho isso emocionante). 

Mas não foi só isso que gostei. Peabody, como sempre, estava com suas tiradas engraçadas na ponta da língua. Conhecemos MacNab e espero que ele apareça em outros casos. Summerset até que conseguiu ganhar um pouco da minha compaixão. Mavis apareceu apenas uma vez, mas, como sempre, deixou a sua presença marcada.

Ler Vingança pelo pc não foi tão ruim como eu esperava. Claro que com o livro é bem melhor, mas quem não tem cão, caça com gato, rs. E logo estarei aqui falando de Natal Mortal...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Hoje...

        Hoje estou eu, aqui, tão infeliz. Saudade já transformada em vazio, tristeza já transformada em rotina, perguntas sem respostas. Hoje estou eu, inconformada, frustrada, perdida. Lágrimas que não descem mais, dias que são sempre iguais, noites longas e vazias. Hoje estou eu pensando, não progredindo. Levando, existindo. Empurrando. Hoje estou eu querendo fugir, querendo sentir, intensa. Hoje estou eu como areia de uma praia deserta, como o vento do mar imenso.
Autor desconhecido

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Samantha Sweet, executiva do lar ♥

Já faz alguns dias que li esse livro, mas só agora fui liberada para fazer a resenha. Era óbvio que eu não daria a Vaca o gostinho de saber qual livro ela iria ganhar. No meu aniversário ela me fez ficar curiosa por dias, era a minha hora da vingança, rs.

Por que escolhi Samantha Sweet? Não sei dizer ao certo, rs. Escolher presente é sempre uma tarefa difícil, ao menos pra mim. E eu queria presentea-la com algo que ela realmente gostasse. E se tem algo que ela jamais reclama de ganhar é livro. Sendo assim, a primeira parte do presente estava concluída. Eu daria um livro. E eis que surge a pior parte: qual livro? Fiquei mais de 2h indo de site em site olhando uma montanha de livros, mas nenhum parecia ser o ideal. A pessoa tem uma lista de desejados do skoob, mas só tem 9 livros. Eu queria mais opções, oras. E pro meu desespero, o livro que eu sabia que ela mais queria ler, estava indisponível nos dois sites que olhei (quase me matei quando lembrei que a Americanas ainda existe). 

No fim, fiquei em duvida entre dois livros. Drama ou chick lit? A pessoa ama um drama, mas o chick lit também a agrada. A escolha pesou quando lembrei que ela já havia lido outro livro da Sophie e disse maravilhas do mesmo. Comprei, então, Samantha Sweet, mesmo não estando 100% certa quanto a isso, rs. Era cruzar os dedos e esperar que ela gostasse. Eu, como boa amiga que sou (momento cara de pau), li o livro antes de enviar a ela, porque se fosse ruim, eu não mandaria (mentira). E depois de todo o bla bla, vamos a resenha, rs.
Samantha Sweet é uma jovem e dinâmica advogada corporativa, dividida entre contas e clientes, sem tempo para nada além da carreira. Relacionamentos? Só com seu blueberry, última geração. Ela está prestes a se tornar sócia da firma de advocacia onde trabalha. Isso se ela não tivesse cometido a maior mancada de sua trajetória profissional. Um erro tão absurdamente grave, que custará à empresa milhões de libras. Completamente baratinada pelo furo, ela surta. Pega o primeiro trem para fora da cidade e vai parar na entrevista de emprego mais equivocada de sua vida. Sua natureza competitiva logo é ativada e ela decide que será contratada, sem se preocupar com o cargo.

Assim, nossa heroína ganha um novo plano de carreira: como empregada doméstica de uma socialite deslumbrada. Sem nem ao menos saber como ligar o ferro de passar. Ou para que diabos serve metade dos aparelhos de uma cozinha
.

Logo no começo do livro, a autora dá uma pequena e divertida mostra de como Samantha é uma pessoa extremamente ocupada e o quanto seu trabalho é importante em sua vida. Quando descobre o erro que cometeu e se dá conta do que isso fará com sua carreira, ela simplesmente surta. E é aí que o livro fica ainda mais divertido.

Samantha vira empregada doméstica, sem sequer saber como fritar um ovo ou como lavar e passar roupa. As situações que ela passa logo que começa a trabalhar são hilárias. E diga-se de passagem que ela até que tem jogo de cintura pra conseguir se sair muito bem de todas elas, às vezes só perdendo algumas (ou muitas) libras. Em meio a confusão em que ela se enfiou, conhece Nate, o jardineiro da mansão, que acaba lhe oferecendo ajuda, não sem antes rir dela, claro.

Eu adorei o livro. É uma leitura agradável e divertida. Estava tão empolgada com as aventuras de Samantha que li o livro em dois dias. A todos que gostam de chick lit, é uma leitura que eu recomendo.