101 coisas em 1001 dias ♥

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terça-feira, 17 de julho de 2012

♥ Doce Vingança


     Não sei porque escolhi esse livro pra dar início ao desafio que fiz com as meninas, mas não me arrependo. O livro é bom, bem escrito e a história é envolvente. Nora Roberts mais uma vez me encantou com uma de suas histórias.

      Em Doce Vingança há amor, drama, suspense e porque não dizer cultura? Sim. Nora nos leva até o Oriente Médio, trazendo para nossas mãos outra forma de vida, outros costumes, outras leis. Sempre gostei de ler sobre outras épocas e outras culturas. Apesar de não me conformar com leis tão absurdas, diga-se de passagem. Ficava inconformada cada vez que igualavam uma mulher a nada, enquanto que os homens eram tudo.

     O amor entre Addy e Philip é algo puro e encantador. Quando eu pensava em parar de ler por causa dos olhos ardendo começava uma cena deles juntos, dai eu continuava e nunca me arrependia. O suspense era outro fator que fazia eu querer ficar grudada na tela do computador. Queria saber cada plano que Addy fazia para roubar o Sol e a Lua das mãos do rei Abdu, seu pai.

      O livro é bom, sem dúvida, porém o final deixa a desejar. A vingança de Adrianne contra seu pai, o cruel rei de Jaquir, que foi o causador da morte de sua mãe, foi o tema central de todo o livro. E quando finalmente Addy tem a sua vingança colocada em prática, falta emoção, falta história. Afinal, o livro chega ao fim, pode-se dizer, quando ainda deveria ter mais o que falar. Acho que o rei merecia uma vingança mais brutal, ou mortal, rs.

       Mas, a leitura foi proveitosa, foi gostosa e valeu a pena, sim. Recomendo!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

♥ As Irmãs Keys

         Faz tanto tempo que não faço a resenha de um livro, que tenho a ligeira impressão que perdi a prática. Assim como perdi a prática de escrever sobre qualquer determinado assunto... Estou há mais de uma hora pensando como ou por onde começar, mas nada sai como eu esperava. E isso é estranho. Quando terminei de ler o livro, um monte de coisa pareceu brotar em minha mente, várias ideias do que falar sobre a história que andei lendo na última semana, mas agora... Tudo simplesmente fugiu!

       Sei que não farei aqui a resenha que realmente gostaria de fazer, mas vou tentar, aos poucos, resgatar o que pensei mais cedo, antes de finalmente abrir o note para publicar a resenha. Acho que o meu maior problema é exatamente esse. Consigo pensar... E muito. Porém, quando tenho que realmente passar para o 'papel' eu simplesmente não consigo me expressar da forma como gostaria, ou ao menos, como fazia antes.

         Sem mais enrolação... Vamos falar sobre a Trilogia das Irmãs Keyes. 
         
       Um dia desses, falando com a Vaca, ela me falou sobre os livros das Irmãs Keyes. Disse que tinha lido e gostado muito. Como sempre gosto das opiniões literárias dessa criatura do meu coração, eu procurei maiores informações e gostei dos enredos. E num ato de pura loucura, acabei comprando Um gosto de vida e Um gosto de amor, após uma promoção da Saraiva. Os livros chegaram logo, mas apesar disso, eu não andava muito animada com leituras.

      Esse ano, acho que não havia lido nenhum livro ainda, salvo Alguém para amar, que estou relendo aos poucos. Eu estava completamente desatualizada sobre livros e sequer sentia necessidade ou vontade para ler. Eu simplesmente deixei cair no esquecimento aquele gosto tão especial pela leitura. Mas, num dia em que nada parecia estar bom, acabei me recolhendo em uma rede e peguei o primeiro livro da trilogia para ler. Em poucos minutos eu me vi envolta com a história. Gostei da escrita de Susan Mallery e também do tema. Histórias de irmãs e amigas sempre mexem comigo e me fazem querer ler mais e mais. O livro é bem escrito e muito bem elaborado. A história consegue te prender do começo ao fim. Para quem gosta de romance e dramas familiares, este é o livro ideal para se ler. 

        Em Um gosto de vida, conhecemos Claire. Uma famosa pianista que volta para Seattle para cuidar da irmã gêmea, bivitelina como ambas sempre deixam claro, que não vê há mais de 10 anos. Elas foram separadas quando tinham apenas 6 anos, pois Claire foi com a avô tocar piano pelo mundo. Quando a mãe delas morreu, Nicole culpou Claire e então disse que nunca mais queria vê-la. Mas agora Nicole passaria por uma cirurgia e precisava de ajuda, uma vez que Jesse, a irmã caçula não estava mais morando na mesma casa que a irmã mais velha. A relação de Claire e Nicole não poderia ser pior. Apesar de todas as tentativas de Claire, Nicole se mostra irredutivel em sua tarefa de odiar a irmã e fazê-la se sentir mal, além de culpá-la por tudo de ruim que aconteceu em sua vida. 

       E para complicar ainda mais a vida de Claire, ela conhece Wyatt, melhor amigo de Nicole, que demonstra odiá-la mesmo sem conhecê-la. É um caminho doloroso, mas que Claire enfrenta com muita coragem e determinação. E haja determinação para conseguir aguentar a megera Nicole.  

      Em poucos dias estava terminando o primeiro livro, sem querer que ele realmente acabasse. Sabia que teria outro livro, mas estava relutante em ler, pois Um gosto de amor era centrado em Nicole e eu não gostei muito dela. E quem gostaria? Ela culpava Claire por tudo. Culpava Claire por tocar tão bem, por ter ido embora, pela mãe delas ter preferido ir embora a ficar com ela e Jesse, pela morte da mãe. Sequer conseguia admitir a sua própria culpa para as coisas estarem do jeito que estavam. Nicole se mostrou amarga e chata a maior parte do livro, mas aos poucos, foi mostrando que tudo não passava de mágoa do passado e das circunstâncias da vida.

      Então, descobri que ler Um gosto de amor não seria assim tão ruim. Pelo contrário. Me vi lendo o livro até altas horas. Troquei a TV que sempre assistia com meu esposo antes de dormirmos por páginas e mais páginas do livro. Quando terminava uma página eu queria ler a outra pra saber o que aconteceria a seguir.

      E havia Hawk. Como não se encantar por Hawk, tão charmoso e sexy? Nicole se encantou e acabamos vendo outro lado de Nicole florecer. Ela já estava bem mais maleável desde a volta de Claire, mas com Hawk deu para conhecer outro aspecto seu. E havia Raoul. Um jovem do time de futebol americano que Nicole hospeda em sua casa após descobrir que o mesmo estava vivendo em um prédio abandonado. Ele é uma graça e os dois criam um laço muito forte. E no fundo, Nicole estava tentando apagar de sua memória a responsabilidade por sua irmã caçula, Jesse, que a traira com seu marido.

      Agora... vamos colocar um pouquinho de defeito nos livros.

     Primeiro e mais importante, senti falta de mais cenas entre Nicole e Claire no segundo livro. No primeiro livro, apesar da história de Claire com Wyatt, as cenas dela com Nicole são muitas. Já no segundo livro, elas quase não aparecem juntas. Achei que Nicole deixou a irmã de lado em praticamente tudo que acontecia em sua vida amorosa, o que me deixou um pouco decepcionada. 

     Segundo... Gente, por que as coisas sempre acontecem tão rápido em livros, filmes e novelas? Os 2 livros, juntos, se passam em menos de 4 ou 5 meses. Claire se apaixona perdidamente por Wyatt já no primeiro mês e num instante está grávida e juram amor eterno. Nicole conhece Hawk e acontece a mesma coisa. O amor vem rápido demais, explosivo demais, intenso demais. Isso me faz me perguntar se na vida real isso também acontece. Ou se é apenas nos livros, afinal lá nós sabemos que aqueles personagens foram realmente feitos para viverem felizes para sempre.

     Terceiro... Quanta mulher grávida!! Até mesmo a cadela apareceu grávida. Achei meio clichê, mas não chegou a atrapalhar de um modo geral.


     Bom... Acho que era um pouco do que eu queria falar. Estou tentando voltar com meu hábito de leitura. Gostei da sensação de me sentir em outra realidade, quando me transportava para os lugares que estava lendo. Espero em breve estar aqui fazendo outra resenha.

terça-feira, 22 de maio de 2012

♥ Uma lição de vida

No primeiro dia de aula nosso professor se apresentou aos alunos, e nos desafiou a que nos apresentássemos a alguém que não conhecêssemos ainda.

Eu fiquei em pé para olhar ao redor quando uma mão suave tocou meu ombro.Olhei para trás e vi uma pequena senhora, velhinha e enrugada, sorrindo radiante para mim. Um sorriso lindo que iluminava todo o seu ser.


Ela disse: "Ei, bonitão. Meu nome é Rosa. Eu tenho oitenta e sete anos de idade.


Eu ri, e respondi entusiasticamente: "Muito prazer!", e ela me deu um gigantesco apertão.


Não resisti e perguntei-lhe: "Por que você está na faculdade em tão tenra e inocente idade?", e ela respondeu brincalhona: "Estou aqui para encontrar um marido rico, casar, ter um casal de filhos, e então me aposentar e viajar."


"Está brincando", eu disse. Eu estava curioso em saber o que havia motivado a entrar neste desafio com a sua idade, e ela disse: "Eu sempre sonhei em ter um estudo universitário, e agora estou tendo um!"


Após a aula nós caminhamos para o prédio da união dos estudantes, e dividimos um milkshake de chocolate. Nos tornamos amigos instantaneamente. Todos os dias nos próximos três anos nós teríamos aula juntos e falaríamos sem parar. Eu ficava sempre extasiado ouvindo aquela "máquina do tempo" compartilhar sua experiência e sabedoria comigo.


No decorrer de um ano, Rose tornou-se um ícone no campus universitário, e fazia amigos facilmente, onde quer que fosse. Ela adorava vestir-se bem, e revelava-se na atenção que lhe davam os outros estudantes. Ela estava curtindo a vida! No fim do semestre nós convidamos Rose para falar no nosso banquete de futebol. Jamais esquecerei o que ela nos ensinou.


Ela foi apresentada e se aproximou do podium. Quando ela começou a ler a sua fala, já preparada, deixou cair três, das cinco folhas no chão. Frustrada e um pouco embaraçada, elapegou o microfone e disse simplesmente: "Desculpem-me, eu estou tão nervosa! Eu não conseguirei colocar meus papéis em ordem de novo, então deixem-me apenas falar para vocês sobre aquilo que eu sei."


Enquanto nós ríamos, ela limpou sua garganta e começou: "Nós não paramos de jogar porque ficamos velhos; nós nos tornamos velhos porque paramos de jogar.Existem somente quatro segredos para continuarmos jovens, felizes e conseguir o sucesso.


Primeiro, você precisa rir e encontrar humor em cada dia.


Segundo, você precisa ter um sonho. Quando você perde seus sonhos, você morre. Nós temos tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem desconfiam!


Terceiro, há uma enorme diferença entre envelhecer e crescer. Se você tem dezenove anos de idade e ficar deitado na cama por um ano inteiro, sem fazer nada de produtivo, você ficará com vinte anos.


Se eu tenho oitenta e sete anos e ficar na cama por um ano e não fizer coisa alguma, eu ficarei com oitenta e oito anos. Qualquer um, mais cedo ou mais tarde ficará mais velho. Isso não exige talento nem habilidade, é uma conseqüência natural da vida. A idéia é crescer através das oportunidades.


E por último, não tenha remorsos. Os velhos geralmente não se arrependem por aquilo que fizeram, mas sim por aquelas coisas que deixaram de fazer. As lágrimas mais amargas diante de um túmulo, são mais por palavra não ditas do que por palavras ditas, portanto, não tenha medo de viver."


Ela concluiu seu discurso cantando corajosamente "A Rosa". Ela desafiou a cada um de nós a estudar poesia e vivê-la em nossa vida diária. No fim do ano Rose terminou o último ano da faculdade que começara há tantos anos atrás.


Uma semana depois da formatura, Rose morreu tranqüilamente em seu sono.


Mais de dois mil alunos da faculdade foram ao seu funeral, em tributo à maravilhosa mulher que ensinou, através de seu exemplo, que nunca é tarde demais para ser tudo aquilo que você pode provavelmente ser, se realmente desejar.


"Ficar velho é obrigatório, crescer é opcional".